O PIX transformou a forma de movimentar valores no Brasil: as transferências são realizadas em até 10 segundos, sem custos adicionais e sem burocracia. No entanto, essa praticidade também passou a ser explorada por golpistas, que criam esquemas cada vez mais sofisticados para enganar usuários desatentos.
Se você foi vítima de um golpe ou deseja entender como se proteger, este artigo explica — de forma clara e direta — as principais modalidades de fraude com PIX, o que fazer caso tenha sido lesado, quais são seus direitos como consumidor e por que contar com um advogado especialista em golpe PIX pode ser essencial para aumentar suas chances de reaver os valores perdidos.
Lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central, o PIX rapidamente se consolidou como o principal meio de pagamento instantâneo do país, superando a marca de 200 milhões de usuários. Entre suas vantagens:
- Imediatismo: transações concluídas em até 10 segundos, 24 horas por dia, 7 dias por semana
- Conveniência: basta informar a chave PIX (CPF, CNPJ, e-mail, telefone ou chave aleatória) para enviar ou receber dinheiro
- Gratuidade: para pessoas físicas, a maioria das operações é isenta de tarifas
No entanto, justamente essa combinação de rapidez, disponibilidade e gratuidade tornou o PIX um canal atrativo para criminosos. Enquanto as instituições financeiras avançam em tecnologias de segurança — como criptografia, autenticação em dois fatores e sistemas de monitoramento — os golpistas se aproveitam de vulnerabilidades humanas (como descuido, pressa, medo ou excesso de confiança) e de técnicas de manipulação como engenharia social, links falsos, clonagem de dispositivos e acesso remoto não autorizado.
O resultado é preocupante: um número crescente de pessoas tem sofrido prejuízos que, muitas vezes, ultrapassam centenas ou até milhares de reais. E, sem a ação adequada e no tempo certo, esse valor pode se tornar irrecuperável.
Por isso, é fundamental entender como esses golpes acontecem, o que fazer imediatamente ao identificá-los e quais são os instrumentos legais disponíveis para buscar o ressarcimento.
A seguir, você verá:
- Quais são os golpes mais comuns com uso do PIX
- Quais medidas adotar ao ser vítima
- Seus direitos garantidos por lei
- Como um advogado especializado pode ajudar em cada etapa do processo
1. Principais modalidades de golpe
1.1 Golpe do Falso Gerente
Como funciona:
O criminoso se passa por gerente do banco ou atendente do setor de segurança e entra em contato por telefone ou aplicativo de mensagens. Ele alega existir uma “tentativa de invasão” ou “bloqueio de segurança” e orienta a vítima a realizar transferências via PIX para uma “conta de segurança”, que na verdade pertence ao golpista. Durante a ligação, o falso gerente pede códigos de autenticação, tokens e senhas, criando um ambiente de urgência e pânico.
Quando há responsabilidade do banco:
- Se o golpista demonstra acesso a informações detalhadas da conta (saldos, extratos ou limites), indicando possível vazamento de dados pela instituição.
- Se as transferências são incompatíveis com o padrão da conta (por exemplo, cliente com renda de R$ 3 000 tendo R$ 100 000 roubados em minutos) e o banco não bloqueia nem alerta.
Sinais de alerta:
- Ligação ou mensagem de número desconhecido, afirmando urgência ou tentativa de fraude
- Pedido insistente para informar códigos de autenticação, tokens ou senhas
- Instrução para enviar PIX a uma “conta interna” ou “conta de segurança”
- Tentativa de impedir que a vítima desligue para confirmar a ligação no canal oficial
Como se prevenir:
- Nunca compartilhe senhas, tokens ou códigos com terceiros
- Desligue e entre em contato diretamente com o banco pelos canais oficiais
- Nunca conceda acesso remoto ao seu celular ou computador a estranhos
- Desconfie de qualquer atendimento que use urgência para forçar ações rápidas
1.2 Phishing e Links Falsos
Como funciona:
Os criminosos criam páginas falsas que imitam sites de bancos ou carteiras digitais e as divulgam por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais. O objetivo é induzir a vítima a inserir dados sensíveis (login, senha, token, número de cartão) em formulários fraudulentos. Os links maliciosos geralmente contêm alterações sutis (trocas de letras, hífens, extensões suspeitas). A vítima acredita estar no site oficial e, ao preencher, entrega suas credenciais ao fraudador, que pode acessar a conta e fazer PIX imediatamente.
Sinais de alerta:
- Mensagens com erros de português, formatação estranha ou tom alarmista
- URLs parecidas com o domínio do banco, mas com alterações sutis (falta de “.br”, hífens, extensões incomuns)
- Frases que apelam para urgência ou medo (“bloqueio imediato do PIX”, “atividade suspeita” ou “último aviso”)
- Pedido para preencher dados sensíveis fora do ambiente oficial do banco
Como se prevenir:
- Se desconfiar, entre em contato com o banco pelos canais oficiais antes de agir
- Nunca clique em links recebidos por SMS, e-mail ou aplicativos de mensagens
- Acesse o site do banco sempre digitando o endereço manualmente ou usando o app oficial baixado de fontes confiáveis
- Não confie apenas no cadeado (HTTPS) — ele indica criptografia, mas não garante legitimidade do site
- Ative autenticação em duas etapas (2FA) sempre que possível
1.3 Golpes Envolvendo Idosos e Aposentados
Como funciona:
Os golpistas se aproveitam da vulnerabilidade de idosos e aposentados, oferecendo supostos benefícios, “prêmios” ou auxílios que exigem “pagamento antecipado” para liberação. Alegam ter boa intenção, mas pedem um PIX para custear taxas de liberação, cadastro ou “documentação”.
Exemplo prático:
Em fevereiro de 2025, um grupo ligou para idosos dizendo que tinham direito a uma “doação especial” de R$ 1 200,00, mas exigiram PIX de pequenos valores para validação dos dados. A vítima transferiu sem perceber que não receberia nada.
Sinais de alerta:
- Promessa de valores generosos em troca de pagamento antecipado
- Contato insistente e afável, mas pressão para que a vítima faça o PIX imediatamente
- Pedido de dados pessoais (CPF, número de benefício, senhas) com justificativas frágeis
Como se prevenir:
- Desconfie quando a “esmola for demais”: valores muito altos sem explicação clara são suspeitos
- Você nunca precisa pagar para receber algo: se pedirem qualquer quantia para liberar suposto benefício, trate como golpe
- Desconfie da pressa: vítimas são pressionadas com urgência (“faça agora para não perder”)
- Nunca permita acesso remoto ao seu celular ou computador a desconhecidos, mesmo que digam ser do banco ou órgão oficial
- Oriente familiares, especialmente idosos, a confirmar qualquer proposta com pessoa de confiança antes de pagar
1.4 Golpe do Falso Advogado
Como funciona:
Criminosos usam dados reais de processos judiciais — como número do processo, nome das partes e petições públicas — para se passar por advogados. Criam perfis falsos no WhatsApp ou e-mail, enviam documentos autênticos e afirmam que “você ganhou um processo” ou que “há um valor disponível para saque”.
Em seguida, pedem que a vítima faça uma transferência via PIX para liberar o valor, alegando que se trata de uma “taxa de liberação”, “honorários finais” ou “despesa obrigatória do processo”. Muitas vezes, dizem que é algo urgente, com prazo curto, para forçar a decisão rápida.
Para disfarçar o nome estranho na chave PIX, afirmam que o valor será depositado diretamente para o juiz do caso ou para o setor financeiro do fórum — o que é mentira. Normalmente, o PIX vai para uma conta em nome de terceiros (pessoas físicas), sem qualquer relação com o processo.
Sinais de alerta:
- Contato inesperado dizendo que você “ganhou um processo” ou tem valores a receber
- Pedido de transferência via PIX para nomes que não têm relação com o advogado
- Alegação de que o advogado trocou de número, sem qualquer aviso formal
- Justificativa de que o valor será enviado diretamente ao juiz, ao cartório ou ao “setor financeiro do fórum”
- Comunicação apenas por mensagem, sem nenhuma formalidade ou documento oficial
Como se prevenir:
Em caso de dúvida, fale com alguém de confiança ou outro profissional da área antes de transferir qualquer valor.
Nenhum servidor do fórum entra em contato para pedir pagamentos ou autorizar depósitos via PIX.
O valor de um processo é depositado judicialmente, e o levantamento só pode ser feito pelo advogado oficial que consta nos autos.
Se alguém disser que é seu advogado usando um número novo, confirme diretamente com ele pelos contatos anteriores, pelo site, telefone fixo ou presencialmente.
Nunca faça PIX para nomes desconhecidos, mesmo que o valor e o processo sejam reais.
1.5 Cobranças Fraudulentas em Fase de Execução
Como funciona:
O golpista descobre que a vítima tem uma dívida real em fase de execução judicial — como cobrança de condomínio, empréstimo, escola ou cartão de crédito. Ele se passa por representante do credor ou de um escritório de advocacia, e entra em contato por telefone ou mensagem com uma proposta de “acordo com desconto exclusivo”.
O desconto costuma ser alto (acima de 50%) e com prazo curtíssimo para pagamento. A chave PIX enviada não está em nome do credor nem do advogado real. Quando a vítima questiona o nome estranho, o golpista justifica dizendo que é “um setor financeiro terceirizado”, “uma conta de repasse” ou que “o banco do credor está com problema”.
Sinais de alerta:
- Oferta de desconto muito elevado, com tom de urgência para pagar “ainda hoje”
- Contato por mensagem ou telefone, sem nenhum documento oficial, boleto ou e-mail institucional
- Solicitação de PIX para uma chave em nome desconhecido, que não tem relação com a dívida
- Pressão emocional com frases como “evite penhora” ou “amanhã o processo segue e você perde a chance”
Como se prevenir:
- Desconfie de cobranças com urgência exagerada ou “descontos relâmpago” via PIX
- Se estiver sendo cobrado judicialmente, consulte diretamente o advogado que representa o credor (o nome e telefone do profissional podem estar nos papéis que você recebeu em casa ou no site da empresa envolvida)
- Não realize pagamentos para contas de terceiros sem confirmação por canais oficiais
- Caso tenha dúvida se a cobrança é real, procure orientação com um advogado da sua confiança antes de fazer qualquer transação
1.6 Golpe PIX Envolvendo Celulares Roubados ou Furtados
Como funciona:
Após roubar ou furtar o celular da vítima, o criminoso utiliza o próprio aparelho para acessar aplicativos bancários, fintechs, corretoras de criptomoedas e carteiras digitais. Como a maioria das validações de segurança depende de elementos armazenados no próprio celular — como SMS, e-mails logados, senhas salvas, preenchimento automático ou autenticação facial já ativada — o acesso é facilitado e, em poucos minutos, o golpista faz a “limpa” em todas as contas financeiras.
O ataque não se limita ao PIX: também envolve saques, transferências, compras no cartão digital, envio de criptoativos para outras carteiras e alteração de senhas para impedir o bloqueio posterior. O tempo de reação da vítima é crucial para evitar maiores prejuízos.
Sinais de alerta:
- Demora em comunicar o roubo ou furto à operadora e aos bancos aumenta o risco de prejuízo
- Tentativas de login ou autenticação em horários suspeitos
- Notificações de trocas de senha em contas de e-mail ou aplicativos financeiros
- PIX realizados logo após a perda do celular
- Recebimento de códigos de verificação por SMS sem solicitação
Como se proteger:
- Avise imediatamente seu banco, operadora de celular, fintechs, corretoras e aplicativos financeiros assim que perceber o roubo ou furto
- Solicite o bloqueio da linha telefônica com urgência, direto na operadora
- Configure limites diários baixos para PIX e outras movimentações financeiras
- Não use o mesmo e-mail para todas as suas contas bancárias e financeiras.
Crie um e-mail exclusivo só para apps de banco e não o mantenha logado no celular principal - Se você tem investimentos ou valores altos guardados, tenha duas contas separadas:
uma para uso do dia a dia e outra como conta principal, com seu patrimônio e investimentos.
Essa conta principal deve estar vinculada a um celular guardado em casa, com e-mail e linha telefônica exclusivos, usados somente para esse fim - Ative a verificação em duas etapas (2FA) e centralize as confirmações nesse aparelho seguro
- Nunca salve senhas no bloco de notas ou navegador do celular de uso diário
2. O Que Fazer se Você Sofreu um Golpe com PIX
A rapidez na adoção das medidas corretas aumenta muito as chances de recuperar o dinheiro ou, pelo menos, minimizar prejuízos. Siga este passo a passo sem demora:
2.1 Contate seu banco imediatamente e peça o MED (Mecanismo Especial de Devolução)
- Assim que perceber a fraude, ligue para o SAC do seu banco ou acesse o internet banking/app e informe que foi vítima de golpe via PIX.
- Solicite a ativação do MED — instrumento do Banco Central para tentar devolver valores transferidos de forma fraudulenta.
- Anote o número de protocolo gerado; ele comprova que você notificou a instituição rapidamente.
2.2 Registre boletim de ocorrência (B.O.)
- Compareça à delegacia mais próxima ou use a Delegacia Virtual e registre como “estelionato” ou “crime cibernético”.
- No boletim, inclua:
- Data e horário exatos da transferência via PIX
- Valor e chave PIX de destino
- Prints de extrato, conversas (WhatsApp, SMS, e-mail), links ou recibos
- CPF/CNPJ do destinatário (quando possível)
- Número de telefone ou contato do fraudador, se tiver
- Quanto mais detalhes e provas você anexar, mais rápida será a investigação.
2.3 Informe o banco destinatário e solicite o estorno pelo MED
- Leve o boletim ao banco que recebeu o PIX fraudulento. Mesmo que a conta seja “laranja” ou de fachada, ele precisa abrir investigação interna.
- Formalize o pedido de estorno anexando cópias do boletim e informando o protocolo do seu banco emissor.
- Anote o segundo protocolo de atendimento. Se o banco destinatário se recusar a estornar, peça uma justificativa formal por escrito ou registre o número de protocolo dessa negativa.
2.4 Registre reclamação no Banco Central
- Acesse o SAC do Banco Central (0800 979 2345, opção 9) ou o portal “Fale Conosco” no site oficial e relate a fraude, informando:
- Número do boletim de ocorrência
- Número de protocolo do banco emissor
- Número de protocolo do banco destinatário
- O Banco Central pode fiscalizar a instituição que atrasar ou negar o estorno sem motivo.
- Se não cumprirem os prazos (24 h para bloquear valores e 30 dias para análise), o BCB pode multar, suspender temporariamente o PIX da instituição e exigir devolução imediata.
3. Direitos da Vítima
Se você foi vítima de golpe via PIX, há caminhos para tentar recuperar o valor e, em alguns casos, obter indenização. Veja como funciona na prática:
3.1 Solicitação de devolução via MED (sem esperar “confirmação” da fraude)
Você pode pedir que o banco acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED) assim que detectar o golpe, usando o SAC ou o próprio aplicativo. Não é preciso aguardar uma “confirmação interna”: basta relatar a fraude e apresentar o boletim de ocorrência + comprovante do PIX.
O banco tem até 1 dia útil para iniciar o MED. Se houver saldo na conta do destinatário, o valor pode ser bloqueado e devolvido. Quanto mais rápido você agir, maior a chance de reaver o dinheiro.
3.2 Possibilidade de indenização por danos morais
Além de tentar estornar, você pode buscar indenização por danos morais quando sofrer abalo emocional, constrangimento, medo, estresse ou frustração por causa da fraude e da forma como o banco lidou com o caso (negligência, demora, descaso). Essa compensação reconhece que o prejuízo vai além do valor financeiro.
3.3 Como agir conforme o valor do prejuízo
- Se o valor for até R$ 10 000
Nosso escritório não atua em causas abaixo de R$ 10 000, pois cobramos honorários iniciais e, nesses casos, o custo não compensa para o cliente. Recomendamos procurar a Defensoria Pública ou o Juizado Especial Cível (JEC), onde é possível entrar com processo sem advogado, desde que o valor não ultrapasse 20 salários mínimos. O processo costuma ser mais simples, gratuito e rápido. - Se o valor estiver entre R$ 10 000 e R$ 20 000
É possível ingressar no Juizado Especial, com ou sem advogado. Mas, quando o cliente quer representação, geralmente sugerimos ação pela Justiça Comum, pois há mais espaço para argumentação técnica e pedidos completos, o que pode melhorar o resultado. - Se o valor for acima de R$ 20 000
Já é obrigatória a atuação de advogado, e atuamos pela Justiça Comum, com estratégia para reunir provas, fundamentar a tese jurídica correta e buscar não só o ressarcimento, mas também indenização compatível ao prejuízo real.
4. Por que Contar com um Advogado Especialista em Golpe PIX
Golpes via PIX ocorrem em segundos, e a reação nas primeiras horas faz toda a diferença. Um advogado especialista não se limita a abrir processo: ele atua com estratégia, conhecimento técnico e agilidade para proteger seus direitos e aumentar suas chances de sucesso.
4.1 Agilidade na documentação e nos protocolos
Logo após o golpe, muitas pessoas não sabem o que reunir, como relatar ao banco ou que provas anexar. O advogado orienta de forma precisa: boletim de ocorrência, prints, comprovantes, extratos, protocolos — tudo organizado para acionar o banco e formalizar o MED dentro do prazo. Isso evita falhas que podem comprometer a recuperação do valor.
4.2 Avaliação da melhor tese jurídica para responsabilizar o banco
Cada golpe é diferente e cada instituição falha de maneira própria. Um especialista analisa seu caso para definir qual tese jurídica usar contra o banco, por exemplo:
- Falha de segurança ou falta de monitoramento de transações
- Demora no atendimento após o golpe
- Vulnerabilidade no sistema do app ou autenticação fraca
- Indução ao erro com base em dados vazados ou públicos
Essa análise é fundamental para determinar o valor da indenização, a velocidade do processo e as chances de vitória.
4.3 Condução do processo com estratégia
O advogado elabora petição clara, bem fundamentada e com todas as provas em ordem — evitando erros que resultam em indeferimentos ou atrasos. Acompanha prazos, responde à defesa do banco e participa de audiências, sempre com foco em obter o melhor resultado.
4.4 Indenização por danos morais
Além de tentar reaver o valor, muitos casos permitem indenização por danos morais. Isso ocorre quando a vítima sofre abalo emocional, constrangimento, medo, estresse ou frustração em razão da fraude e do tratamento negligente do banco. Essa compensação reconhece que o prejuízo vai além do montante financeiro.
4.5 Atendimento claro, objetivo e com foco em resultado
O diferencial de um advogado especialista é conduzir todo o processo de forma acessível, direta e transparente sobre caminhos, prazos e expectativas. Sem juridiquês desnecessário ou promessas vazias: o objetivo é resolver o caso com profissionalismo, recuperar o valor e buscar responsabilização do banco sempre que cabível.
5. Orientações Finais para Quem Já Caiu ou Quer se Proteger
Se você sofreu um golpe via PIX, saiba que há como reverter o prejuízo, mas isso depende de agilidade, documentação correta e, muitas vezes, apoio jurídico especializado. Os bancos nem sempre cumprem os prazos do MED e podem empurrar a responsabilidade para o cliente. Agir com estratégia faz toda a diferença.
Também vale reforçar alguns pontos para minimizar riscos:
- Desconfie de urgência, pressão e promessas fáceis. Golpistas usam o fator emocional para forçar decisões rápidas.
- Você nunca precisa pagar para receber. Nenhum banco, tribunal ou advogado sério cobra “taxa de liberação” via PIX.
- Não entregue acesso ao seu celular ou computador a ninguém. Nem se disserem ser do banco, da segurança ou da polícia. A fraude mais comum começa com o “só preciso que você clique aqui rapidinho.”
- Se a oferta parece boa demais, provavelmente é golpe.
Se algo parecer fora do normal, pare e consulte alguém de confiança. E, se o golpe já ocorreu, procure ajuda especializada o quanto antes — isso pode significar recuperar seu dinheiro em vez de perdê-lo.