Após o roubo do aparelho, criminosos conseguem, em minutos, acessar aplicativos bancários, de investimentos e de cripto, além do e-mail e redes sociais. Eles exploram senhas salvas, preenchimento automático, códigos por SMS e sessões já autenticadas para redefinir credenciais, autorizar operações e mover valores. Se as instituições foram notificadas imediatamente e, a partir dessa notificação, ainda ocorreram transações, há indício de falha de proteção — cenário que autoriza responsabilização e recomposição dos prejuízos (CDC + Súmula 479/STJ).
Execução de transferências e alterações de métodos de segurança para dificultar o controle do titular.
Use o serviço nativo do seu ecossistema para bloquear, localizar e, se necessário, apagar o dispositivo. Depois, encerre sessões e desconecte contas ligadas ao aparelho.
Samsung (Galaxy – SmartThings Find): https://smartthingsfind.samsung.com/
Faça login na Samsung Account → selecione o dispositivo → Bloquear/Localizar/Fazer tocar → Apagar dados, se necessário.
Contate imediatamente o banco cujo aplicativo concentra maior saldo/limites. Informe o roubo do celular e solicite: bloqueio total de movimentações, revogação de todas as sessões, troca de credenciais e redução temporária de limites. Guarde o protocolo. Em seguida, repita com os demais bancos e apps financeiros.
Solicite o bloqueio da linha e do IMEI. Como muitos tokens e recuperações dependem de SMS, interromper o recebimento no aparelho roubado reduz o risco de novas tomadas de conta.
Registre B.O. (on-line ou presencial), informando IMEI, horários e protocolos. O documento dá lastro às contestações bancárias e a medidas judiciais.
Havendo Pix, abra o MED imediatamente junto ao seu banco (pedido em até 80 dias, análise em até 7 dias). Quanto antes registrar, maiores as chances de retenção/devolução.
Lançamentos posteriores à sua notificação às instituições.
Transações após a notificação → documente: é sinal de falha de contenção.
Assessoria jurídica: reaver valores e apurar responsabilidade quando houver falha após a notificação.
Logs de acesso (quando fornecidos pelo banco/plataforma).
Ana teve o celular roubado ao sair do trabalho. Em minutos, surgiram notificações de logins e mudanças de senha. Ela bloqueou o iPhone pelo iCloud, acionou o banco com maior saldo para bloquear movimentações e abriu o MED para as transferências via Pix. Mesmo assim, ocorreram lançamentos após a notificação. Na ação judicial, a linha do tempo (roubo → avisos → transações) e os protocolos comprovaram falha de contenção, com devolução dos valores e indenização.
Pix/MED — via emergencial administrativa para reter/devolver valores; não substitui ação judicial quando há omissão ou contenção inadequada.
Pedidos finais: devolução de valores, danos morais (quando cabível) e obrigações de fazer para reforço de segurança.
Sim. Lançamentos após a notificação indicam falha de contenção e permitem buscar recomposição e indenização.
É um canal rápido para reter/devolver valores na ponta recebedora; não substitui medidas judiciais quando há falhas do banco.
Ajuda a inutilizar o aparelho na rede e a interromper SMS usados em redefinições/autorizações.
Sim. Senhas salvas, preenchimento automático e acesso a e-mail/SMS podem permitir tomada de contas. A velocidade nas primeiras ações é decisiva.
Na caixa do aparelho, na nota fiscal, no portal do fabricante, ou no histórico do gestor de dispositivos após login.
É a substituição indevida do chip junto à operadora, redirecionando SMS/ligações para outro SIM e permitindo tomada de contas.
Geralmente cobre aparelho; perdas financeiras dependem do contrato/seguradora. Avaliação caso a caso.
O fluxo é o mesmo, mas inclua comunicação formal interna, revogação de acessos corporativos e ajuste de políticas de segurança.
Registre na ocorrência. O fato não reduz o dever de segurança das instituições sobre transações pós-notificação.
Sim: limites baixos, 2FA por app, biometria forte, sem preenchimento automático para dados sensíveis e sem senhas salvas.
Delegacias eletrônicas (estaduais): pesquise “delegacia eletrônica” + seu estado.
Se você sofreu o roubo do celular e houve movimentações mesmo após a notificação, nós analisamos a cadeia técnica de eventos, congelamos riscos, buscamos devolução e indenização, e exigimos melhorias de segurança quando necessário.
Fale com um advogado especialista.